Instituto IPEMAR, Educação e Cultura na Ilha Grande

"Durante o século XX, dezenas de indústrias de beneficiamento de pescado se espalharam pelas vilas da Ilha Grande. A sardinha salgada era o principal produto dessas fábricas. Grande parte desses empreendimentos era de propriedade de imigrantes japoneses. A partir da década de 1980, o chamado “ciclo da sardinha” inicia trajetória de declínio. Entre as décadas de 1930 e 1990, portanto, as fábricas de sardinha desempenharam importante papel na economia, organização social e na ocupação dos espaços das vilas costeiras em Ilha Grande. Os registros desse importante momento da história se encontram dispersos em arquivos familiares ou na memória das pessoas. Dos prédios espalhados pelas vilas, alguns foram completamente demolidos, outros tiveram seus galpões transformados em pousadas. Nesse contexto, a Kamome é, possivelmente, a última construção remanescente desse período, mantendo suas características originais – como a arquitetura, os tanques de salga e até alguns equipamentos. A Kamome foi a maior dentre as indústrias existentes. Localizada na Praia de Matariz, suas instalações ocupam dimensão aproximada de 6500m²".

O IPEMAR (Instituto de Pesquisas Marinhas, Arquitetura e Recursos Renováveis), por entender que a construção guarda importante valor simbólico para a Ilha Grande, com potencial para o desenvolvimento de atividades sustentáveis que una tradição e inovação. Elaborou uma proposta de uso das instalações da antiga indústria. A ideia é transformá-la num ambiente multifuncional, que una, em um único espaço, um centro de memória da Ilha Grande, um núcleo de pesquisas aplicadas a maricultura e a tecnologias ambientais, ações de educação e cultura, além de usos comunitários. O objetivo é que a Kamome, a partir desses projetos, possam estabelecer relações multidimensionais com as vilas da Baía da Ilha Grande, sobretudo como agente propulsor de desenvolvimento científico, tecnológico, social, educativo e cultural e contribua para a construção de modelos inovadores e criativos de desenvolvimento.

O IPEMAR é responsável pela Escola de Maricultura
A Escola de Maricultura é estruturada em três bases principais: ensino técnico, minicursos e pesquisas aplicadas. O ensino técnico é organizado em um curso de duas fases, contando com aulas teóricas e práticas. O currículo aborda estudos sobre licenciamento ambiental, legislação concernente à atividade, o beneficiamento, comercialização e distribuição do produto, a mecanização do sistema de cultivo, o monitoramento ambiental e a capacitação de maricultores em fazendas marinhas. O programa é destinado a maricultores que desejem aperfeiçoar seus conhecimentos ou a interessados em ingressar na profissão. A concepção desse curso foi feito a partir da iniciativa “Capacitação de Maricultores na Baia da Ilha Grande”, promovida pelo Projeto BIG – Gestão Integrada do Ecossistema da Baia da Ilha Grande (ONU/FAO/INEA).

Os minicursos por sua vez são módulos independentes, de duração variada. Os temas se revezam a cada semestre, podendo versar sobre abordagens específicas como nutrição ou licenciamento ambiental, ou cursos introdutórios a malacocultura ou piscicultura marinha. A Escola de maricultura prevê a instalação de laboratórios, cultivos experimentais e unidades produtivas que servirão às aulas práticas e também ao desenvolvimento de pesquisas visando o aprimoramento da atividade. O objetivo é que a Escola de Maricultura torne-se referência em ensino e pesquisa no Brasil. A ideia é, inclusive, estabelecer programas de intercâmbio com instituições de pesquisa e maricultores de outras partes do país e do mundo.

O projeto prevê a craição de uma escola de música, por seu núcleo de educação. Na primeira etapa, o projeto conta com aulas de musicalização, apreciação musical e práticas instrumentais. A área de abrangência piloto é a Enseada do Bananal, tendo como contexto e perspectiva a Ilha Grande. É direcionado, prioritariamente, a jovens em idade escolar. A iniciativa está em fase de captação de recurso. Para contribuir acesse: IPEMAR

O Blueco Net é uma rede de pesquisa germano-brasileira focado no desenvolvimento bio-econômico da aquacultura. O grupo tem como diretrizes a segurança alimentar e a produção sustentável de comida saudável e segura. Fazem parte da rede instituições de pesquisa, empresas e órgãos públicos do Brasil e Alemanha. Dentre estes, destacam-se o Ipemar, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a Universidade Estadual Paulista (UNESP), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Ecopipe, Ecofloat, Agertek, Ad Oceanum, Ttz Bremerhaven (TTZ), University of Applied Sciences Bremerhaven (HSBHV), Thünen – Institute of Fisheries Ecology (TI-FI), Leibniz Center for Tropical Marine Research (ZMT), University of Veterinary Medicine Hanover (TIHO), Alfred – Wegener Institute, Helmholtz Centre for Polar & Marine Research (AWI). A gestão dos trabalhos é feita pelo instituto alemão ‘TTZ Bremerhaven’. Fonte: Instituto IPEMAR, Ilha Grande.

Paisagens Angrense dos Anos 50

O acervo é formado por imagens do litoral e serras do município ainda com poucas construções. Uma época em que não haviam as mansões de veranistas. Destaque para o entreposto de carvão, as serras, e o litoral. Fonte: Biblioteca Nacional e IBGE.





































Fototeca Patrimônio Cultural Anos 50

Uma série de fotos históricas do patrimônio angrense realizada por diversos fotógrafos a partir da década de 50, sendo a maior parte do acervo do ano de 1958. Essa fototeca é agora parte integrante do acervo do blog e disponível para consulta pública. Compartilhe a história! Quando mais você conta mais importante ela fica! Fonte: IBGE.








































Lançamento do Navio Henrique Lage,1961, Verolme.

O ex-Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, participou da cerimônia de lançamento do navio Henrique Lage, no estaleiro Verolme, atua...