Igreja de Santa Rita, Paraty

A igreja foi edificada em 1722, sob responsabilidade dos pardos libertos e invocação de Menino Deus, Santa Rita e Santa Quitéria.
Com o passar do tempo, aumentou muito o número de devotos brancos, sendo necessária a reedificação da construção. Após a obra a igreja passou a ser utilizada como matriz, pois o novo templo da atual matriz estava em construção.
A igreja tornou-se a mais antiga da cidade de Paraty, pois as capelas de São Roque a da antiga matriz foram demolidas.
A construção é de arquitetura jesuítica, possuindo nos elementos internos características do barroco-rococó.  
No altar-morna, possui talha policromada, ladeando o frontão. Conta ainda com os únicos anjos orantes em altares das igrejas de Paraty.
A igreja possui altar modificado, pois na tentativa de harmonizar seus altares, foram pintados os dois altares laterais e o altar-mor com uma pintura nova, durante as obras de restauração. Seus altares são dedicados a Santa Rita, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Carmo. 
Outros detalhes interessantes da igreja são: os gradis das sacadas internas, feitos em madeira e ricamente trabalhados; o cemitério anexo do início do século XIX em estilo de columbário (local onde as urnas funerárias com cinzas humanas ficam guardadas) que está separado do corpo da igreja por um adro (pátio externo descoberto e por vezes murado, localizado em frente ou em torno a uma igreja) e um belo jardim. 
Na igreja funciona atualmente o Museu de Arte Sacra de Paraty, sob a responsabilidade do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus é uma autarquia vinculada ao Ministério do Turismo, órgão gestor da Política Nacional de Museus). Conheça o Museu!
A Igreja de Santa Rita é o eterno cartão postal da cidade. Fonte: IPHAN, Igrejas de Paraty. Algumas fotos da construção foram enviadas por apoiadores do blog.
Em sua próxima viagem a Paraty não deixe de conhecer a igreja e você que já conhece compartilha conosco suas histórias. 

Igreja Nossa Senhora das Dores, Paraty

A igreja está localizada na Rua Fresca e foi construída no ano de 1800 por mulheres da aristocracia paratiense. A construção é carinhosamente chamada de "Capelinha".
Em 1901, a construção passou por uma grande reforma. Neste mesmo ano foi criada a Irmandade de Nossa Senhora das Dores que só permitia a admissão de mulheres. Entretanto, na década de 1960 todas as Irmandades de Paraty foram extintas.
Merecem destaque o rendilhado das sacadas internas e o cemitério, em estilo de columbário, que circunda o pátio interno.  
A capelinha é uma das construções mais bonitas de Paraty e seu entorno é muito agradável, ela está voltada para o mar.
Muitos artistas já retrataram a capelinha em suas telas, pela sua beleza cênica, um desses é o artista Moraes Coutinho (foto acima).
Os altares desta igreja são dedicados a Nossa Senhora das Dores, ficando sua imagem no altar-mor da capelinha.
A capelinha abre aos sábados das 13h30 às 18h e não tem taxa de visitação. Não é permitida a entrada com trajes de banho.
Durante as festividades religiosas a igreja abre suas portas para receber os fiéis, sendo também uma ótima oportunidade para conhcer o interior da construção. Fonte: Igrejas de Paraty. 

Igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios, Paraty

A história da matriz é quase tão antiga quanto a história de Paraty. Tudo teve início na fundação do povoado de Paraty, onde foi erguida uma pequena capela dedicada São Roque sobre o atual Morro do Forte, local onde então foram construídas as primeiras moradias. Em 1646, Dona Maria Jácome de Melo doou a área situada entre os rios Perequê-Açu e Patitiba para a construção do novo povoado.  
Dona Maria, exigiu em contra-partida pela doação das terras que se construísse uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, santa de sua devoção, e ainda, que não fizessem mal aos índios que ali viviam. Esta primeira capela teria sido demolida em 1668 e em seu lugar construída uma igreja maior, de pedra e cal, obra que só terminou em 1712. A nova Igreja Matriz contava com sete altares, sendo duas capelas internas.
Em 1787, por ser a igreja pequena para a população, cerca de 2.700 pessoas, iniciaram as obras de um novo templo em local perto da antiga igreja. Esta obra por ser grandiosa custou ao povo grande soma de dinheiro e, por falta de ajuda financeira, teve sua construção paralisada várias vezes. Dona Geralda Maria da Silva, diante das dificuldades, resolveu custiar e administrar a finalização da obra, e por este motivo foi agraciada pelo Imperador Dom Pedro II com o título de Dona do Paço.
Em 7 de setembro de 1873 a igreja foi entregue ao culto público, precedendo à sua benção uma procissão em que se transladaram as imagens da Igreja da Santa Rita para a Matriz, costume que se conserva até hoje.  
De estilo neoclássico, sobressai por sua imponência e apresenta a sobriedade e o despojamento característicos deste estilo, em que as grandes massas se contrapõem ao ritmo dos vãos. A construção se destaque no centro histórico, principalmente pela sua localização no coração da praça que a coloca como protagonista do espaço.
Alguns destaques da igreja são: a imponência da edificação, suas torres inacabadas, as imagens das antigas capelas, o retábulo das capelas internas do século XVIII e a pia batismal do século XVII.
As imagens das festividades, principalmente da Semana Santa, em tamanho natural de vestir ou de roca, são os mais elogiados pelos visitantes. Um detalhe curioso, são as torres inacabadas e o fundo da edificação por terminar.
A não conclusão da obra teria ocorrido pela falta de recursos e mão-de-obra escrava, mas também porque a igreja teria afundado, inclinando-se perigosamente para frente, devido à inconsistência do terreno onde foi construída, bem próxima ao rio.
Ao longo da história, a atual Igreja Matriz da cidade, passou por várias mudanças até enfim chegar aos moldes atuais.  
A Igreja da Matriz abre para visitação de segunda a sexta das 9h às 12h e das 13h às 17h30. Aos sábados, das 8h às 12h e de 13h às 16h.
Outra oportunidade para visitar a construção é durante os eventos religiosos, tais como: missas, batizados, festas, etc.
A matriz é a maior construção religiosa de Paraty e pode ser vista de várias partes da cidade, uma das vistas mais bonitas da matriz é a partir da trilha do Forte Defensor Perpétuo.
Nossa Senhora dos Remédios é uma devoção mariana. Foi trazida para Portugal por religiosos franceses da Ordem Hospitalar da Santíssima Trindade, que estiveram em Lisboa no século XIII.
Você já conheceu a igreja? Se não conheceu é um daqueles lugares que vale a pena conhecer! Fonte: Igrejas de Paraty.

Casa da Cultura Câmara Torres, Paraty

A Casa da Cultura de Paraty é um espaço para todas as manifestações artísticas e culturais. O sobrado, localizado no Centro Histórico de Paraty, data de 1754 e funciona como centro cultural desde 2004. Tem auditório, café, livraria, pátio e sala de exposições.
O espaço apresenta a história e a vida da cidade litorânea de Paraty, patrimônio histórico rico por suas manifestações culturais e artísticas.
Logo na entrada da Casa da Cultura há um tapete de serragem colorida, de 28m, arte típica das festas religiosas da cidade.
Trata-se de uma reprodução do quadro Florestas Brasileiras, de Rugendas. Feito pelo cineasta Marco Sachs e sua equipe, o tapete é protegido por um vidro para que os visitantes possam caminhar sobre ele.
Seguindo pelo tapete, o visitante tem acesso a um completo roteiro turístico eletrônico, onde pode-se explorar todo o potencial da região. O material comprova que Paraty não se resume às ruas do centro histórico, mas também possui uma combinação de elementos da natureza.
Juntamente com os roteiros, encontram-se expostas reproduções de gravuras do navegador alemão Hans Staden que retratam o período em que foi mantido em cativeiro pelos índios Tupiniquins, em Ubatuba. 
A casa conta com uma Sala de Exposição Temporária e um auditório. Entre os dois encontra-se um Pátio, um espaço agradável, utilizado para realizações de exposições, lançamentos de livros, coquetéis, coffee breaks, saraus, teatro, contadores de histórias, entre outros.
Uma exposição permanente pode ser encontrada no segundo andar do sobrado. Trata-se da exposição idealizada pela cenógrafa e produtora teatral Bia Lessa, que se utilizou da arte local e de elementos do cotidiano dos paratienses para mostrar a trajetória da cidade.
Nas vitrines, em vez de objetos de ouro, objetos pobres e repletos de vivência e significados. Nas imagens, o povo de Paraty representado por personalidades notórias e pessoas comuns, contribuindo para a documentação de um acervo oral e visual dos costumes e riquezas da terra, que não constam dos documentos oficiais da cidade.
A ONG Associação Paraty Cultural faz a gestão da Casa da Cultura Câmara Torres, desde 2004. A instituição, composta por associações culturais e de moradores e cidadãos interessados. Os objetivos são promover e apoiar as ações educacionais, culturais, turísticas, sociais e ecológicas, além de contribuir para a formação da população nessas áreas. A Paraty Cultural busca viabilizar o uso dos espaços físicos da Casa da Cultura como um centro cultural.
Desde então, tem programação permanente e atende a várias demandas da comunidade, poder público e associações, sendo um dos principais equipamentos culturais da cidade. A Instituição promove um Programa Cultural, onde as artes e o patrimônio, nas variadas vertentes, sejam transmitidos à comunidade e apreciados por visitantes, uma vez que Paraty é uma cidade histórica com vocação para o turismo cultural. Nesse contexto, a Paraty Cultural oferece as condições essenciais a este espaço para que a comunidade, professores, alunos, artistas, artesãos possam trocar experiências e ideias, discutir e produzir arte e cultura. Fonte: Casa da Cultura de Paraty.

Igreja N. S. do Rosário e São Benedito, Paraty

A igreja foi construída em 1725 para funcionar como templo das irmandades de escravizados de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos.
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de Paraty foi criada em 20 de agosto de 1750, e reedificou este templo por volta de 1757.
É característico do território brasileiro a existência de uma ou mais igrejas pertencentes às irmandades de escravos, sendo muito comum serem consagradas a Nossa Senhora do Rosário e São benedito, frade siciliano de origem africana, trazido ao Brasil pelos franciscanos antes mesmo de ser canonizado, padroeiro dos escravos no Brasil desde o século XVII.
A igreja tem nave única e um corredor lateral direito de construção mais recente. A fachada é bastante simples, com portal central e duas janelas na altura do coro, tudo encimado por frontão triangular.  
Do lado direito uma sineira, também coroada com frontão triangular, e que foi acrescida posteriormente ao corpo principal da igreja.
A igreja se destaca especialmente do conjunto de sobrados vizinhos, por conta de uma rua a sua direita, sendo o maior destaque paisagístico no fim da Rua Samuel Costa, que termina na porta da igreja.
Na foto abaixo é possível visualizar nos altares, imagens de São Benedito e São João Batista a mais importante talha das Igrejas de Paraty, de sóbria elegância e unidade formal, destoando, por exemplo, do altar principal, de feitura bem posterior.
A igreja fica no largo do Rosário, defronte ao prédio da antiga Prefeitura Municipal. Aberta ao público às terças-feiras, na parte da manhã.  
Outra oportunidade para conhecer o interior da igreja é durante cerimônias que acontecem no local, principalmente casamentos, quando a igreja recebe ornamentação. 
Funciona ainda na igreja a Secretaria da Paróquia de Paraty. Fonte: HPIP (Patrimônio de Influência Portuguesa), Cruz Terra Santa, IPHAN. 

Lançamento do Navio Henrique Lage,1961, Verolme.

O ex-Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, participou da cerimônia de lançamento do navio Henrique Lage, no estaleiro Verolme, atua...