O local já foi marco de diversas manifestações.
Recentemente o local virou palco do pré-vestibular solidário, onde professores da região ministram aulas gratuitas para a população.
A praça sofreu várias modificações ao longo dos anos, como pode ser verificado nas fotos e já não tem mais o seu traçado original.
Conheça um pouco mais sobre seu idealizador. Burle Marx (1909-1994) nasceu em São Paulo, no dia 4 de agosto de 1909. Filho de Wilhelm Marx, judeu alemão comerciante de couro, e de Cecília Burle, pernambucana, descendente de franceses. Seu pai foi criado em Trier, cidade natal de Karl Marx, que era primo de seu avô. Desde pequeno observava e participava, junto com sua mãe, dos cuidados com o jardim e a horta de sua casa. Em 1913, a família foi morar no Rio de Janeiro, em um casarão no bairro do Leme.
Em 1917, Roberto Burle Marx começa a cultivar seu próprio jardim neste local. Em 1928, a família viaja para a Alemanha, em busca de tratamento para um problema nos olhos de Roberto. Ao chegar em Berlim, fica fascinado ao visitar o Jardim Botânico de Dahlen, onde descobre a beleza e diversidade da vegetação brasileira e tropical. Esta visita marca o início de um processo de experimentação e investigação da vegetação brasileira, das suas expedições botânicas, da sua coleção posterior no Sitio Burle Marx e de seu trabalho constante na defesa do meio ambiente e sustentabilidade. Como paisagista, Burle Marx é o primeiro a introduzir plantas nativas nos projetos de jardins nacionais, reconhecendo a beleza da nossa flora e a importância e diversidade da vegetação tropical. Roberto Burle Marx, além de um paisagista reconhecido mundialmente, é um artista multidisciplinar e visionário, a frente do seu tempo. Instaura uma linguagem singular no campo do paisagismo, com seus traços marcantes e introdução de plantas nativas, sendo um dos expoentes do movimento modernista no Brasil. Plural e precursor do mundo multidisciplinar de hoje, mesclou no seu trabalho os conceitos de arquitetura, ecologia, botânica, paisagismo, sustentabilidade, design, ciência e arte. Reconhecido nacionalmente e internacionalmente como um dos principais paisagistas do século, foi intitulado como o verdadeiro criador do jardim moderno pelo Instituto dos Arquitetos Americanos. "Todas as áreas são importantes para mim: paisagismo, tapeçaria, design de jóias, desenho, pintura, botânica. Uso todos como um poeta buscando palavras. E é com isso que me esforço mais. Sem dúvida a pintura e as outras expressões artísticas influenciaram todo meu conceito de arte. Mas eu tento sempre evitar fórmulas. Eu odeio fórmulas. Eu amo os princípios”. Roberto Burle Marx.
No centro da praça encontra-se o Chafariz Marques de Herval construído em 1881. Popularmente conhecido como Chafariz dos Lagartos. Assim batizado em homenagem ao General Osório (Marquês de Herval).
Manuel Luís Osório (1808-1879) foi militar e político brasileiro. É o Patrono da Arma de Cavalaria do Exército brasileiro. Herói da Guerra do Paraguai. General Osório (1808-1879) nasceu em Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual Osório, Rio Grande do Sul, no dia 10 de maio de 1808. Filho de Manuel Luís da Silva Borges, comandante do Regimento de Salto, e de Ana Joaquina Osório. Aprendeu as primeiras letras com o mestre-escola Miguel Alves. Muda-se com a família para a cidade de Salto, onde teve aulas com o capitão dos dragões Domingos José de Almeida.
Em 1822, com a independência do Brasil, inicia-se no sul do país a Guerra da Independência, e seu pai no comando do Regimento de Salto, resolve levá-lo. Embora não participe dos combates, vai se empolgando pela luta. Antes de completar quinze anos, inscreve-se no Exército, como voluntário da Legião de São Paulo.
General Osório, desde os primeiros combates, mostra sua habilidade com o manejo das armas. Em 1824, já era cadete e depois alferes, no Terceiro Regimento da Cavalaria de Linha. Com o fim da guerra Osório pretendia se licenciar da Cavalaria e estudar no Instituto Militar, mas teve seu pedido de licença negado. Entre 1825 e 1828, participa da campanha na Guerra Cisplatina. No fim do combate é promovido a primeiro-tenente. No dia 15 de novembro de 1835, casa-se com Francisca Fagundes, filha de um juiz de paz.
Neste mesmo ano combate na Guerra dos Farrapos. Luta junto com os legalistas nas batalhas em Porto Alegre, Bagé e Caçapava e na região de Herval, onde em 1838, se distingue e é promovido a capitão. O pai morrera nos combates, a mãe passava necessidades, Osório queria voltar para junto da esposa. Com 31 anos pede reforma do Exército, mas não se cogitava dispensar um dos seus melhores soldados.
Em 1842, Osório recebe a condecoração do Cruzeiro do Sul e é promovido a Tenente-coronel. Em 1851, lutou contra Rosas. Em 1864, teve início a Guerra do Paraguai.
Foi confiado a Osório o comando do Exército. As dificuldades logo foram superadas e o Exército Brasileiro começou a somar significativas vitórias. O maior combate registrado em toda Guerra do Paraguai foi o que se travou em Tuiuti. Coube a glória a Osório de haver planejado a batalha da qual participou com heroísmo. Com apoio da esquadra, o Exército Brasileiro iniciou a invasão do Paraguai. Depois disso, Osório foi substituído pelo General Polidoro Jordão. Como a luta prosseguia, Osório passou a Comandar o III Corpo do Exército, organizado no Rio Grande do Sul. Dirigiu a Marcha de Flanco de Tuiuti. Em 1866, recebeu o título de Barão. Em 1869, Marquês de Herval e em 1877, Marechal de Exército. Foi eleito Senador pelo Rio Grande do Sul, e finalmente foi nomeado para a Pasta da Guerra Nacional. General Osório é o Patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro. Manuel Luís Osório Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de outubro de 1879.
Fonte: Burle Marx, PMAR, Alípio Mendes, biografia militar.
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