Procissão Marítima de Angra dos Reis

A Procissão Marítima de Angra dos Reis teve origem em 1º de janeiro de 1978 quando José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então diretor da Rede Globo de Televisão, reuniu um grupo de amigos e com as imagens de Nosso Senhor dos Navegantes e Nossa Senhora da Piedade criou a primeira edição do evento. 
O evento contava com a participação de muitos religiosos que aproveitavam a procissão para pagar seus votos. Na foto acima Boni de camisa branca mais a frente da lancha.
Após três anos, os santos deixaram de ser utilizados, devidos à várias críticas por parte dos católicos, pois durante a procissão havia um alto consumo de álcool, músicas e outras práticas pagãs e afim de evitar conflitos com a Igreja Católica e a festa tornou-se profana.
A partir de então, a única preocupação passou a ser comemorar a chegada do novo ano com o máximo de alegria. Deixando de lado a parte religiosa da origem. 
A concentração da Procissão Marítima acontece tradicionalmente em frente à Praia das Flechas, na Ilha da Gipóia e na sequência os barcos seguem até a Praia do Anil, no Centro de Angra dos Reis.
A procissão percorre um circuito de cerca de sete quilômetros, percorridos em aproximadamente em duas horas.  
Durante muitos anos a Procissão Marítima de Angra dos Reis foi considerada a maior festa náutica da América Latina.
Com a diminuição gradativa no número de participantes ao longo dos anos, a cidade perdeu este título.
A festa é organizada pela Associação dos Organizadores de Barcos da Procissão Marítima de Angra dos Reis), com apoio da Fundação de Turismo de Angra.
O evento também recebe apoio da Capitania dos Portos, da Marinha do Brasil, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil.
 "Em Angra dos Reis, sol, alegria, originalidade e mais de 2.500 barcos de todo o Brasil saudaram 2009 e animaram a 32ª Procissão Marítima que tradicionalmente movimenta a cidade e distribui milhares de prêmios, na manhã de 1º de janeiro, pedindo principalmente paz e proteção para a natureza". Matéria sobre a 32ª edição, com 2.500 embarcações. 
A foto acima é da embarcação "Tenente Loretti", embarcação histórica que já teve diversos usos e atualmente encontra-se abandonada em um depósito.
Na 41ª edição em 2019, participaram pouco mais de 1000 embarcações, veja que houve uma grande queda no número de participantes da festa.
Em menos de 10 anos o número foi reduzido de 2500 para pouco mais de 1000.
Uma festa que já contou com participação de mais de 3800 embarcações. Vai aos poucos perdendo seu brilho, infelizmente. 
As fotos são de várias edições do vento, desde a década de 80 até a edição 2019, incluindo fotos do acervo da extinta Revista Manchete.
Mesmo com a diminuição do número de participantes, não tem maneira melhor de começar o ano novo. A energia do evento é maravilhosa e predomina um sentimento de alegria e esperança por melhores dias. Se você nunca participou, é uma daquelas coisas que não se pode deixar de fazer na vida. 
Se você é proprietário de embarcação, inscreva sua embarcação. Fique atento aos prazos de inscrição divulgados no site da Prefeitura de Angra dos Reis.
Comece o ano em alto astral e contribua para manutenção de festa tradicional que já existe há mais de 40 anos. Fonte: PMAR, O Globo, Revista Manchete, Associação dos Barqueiros de Angra dos Reis. Veja outras imagens da festa abaixo! 























 

2 comentários:

  1. Foi em 1976....NÓs fomos com a Moana rebocando a sua baleira com um tubarão de bambu feito carinhosamente pelo TIO TARCIZIO, perdemos somente pelo veleiro do cantor. Ganhamos mais três anos seguinte com saveiro alugado e todo decorado.

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  2. Que lembrança linda, grande memória afetiva, obrigado por compartilhar!

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