Trata-se de construção datada de 1629, localizada à beira mar. É uma das mais antigas construções em alvenaria do Brasil. Algumas fontes afirmam ser a mais antiga construção do gênero existente no país.
Possui planta quadrada, telhado em quatro águas e varandas localizadas nas fachadas principal e posterior, possuindo dois esteios de madeira de permeio.O conjunto possui uma capela, com inscrição marcando a data da construção. Além de um marco na area externa com datação da construção da propriedade.Na década de 30, Mário Peixoto, cineasta, adquiriu a propriedade na intenção de resgatar a história e transformar o local em uma espécie de museu.O desejo surgiu após utilizar o espaço como cenário do filme "Limite". Com o fracasso da tentativa do museu, Mário vendeu a propriedade e mudou-se para Angra dos Reis.A propriedade guarda grande acervo histórico, tais como objetos utilizados por piratas e escravos, canhões, esculturas diversas, objetos em porcelana, louça, prataria, etc.
Grande partes do acervo foi reunido na tentativa de transformar a propriedade em museu, Mário Peixoto então conseguiu adquirir peças artísticas e esculturas, dentre elas peças de mobiliário, louças, estátuas, arte religiosa, entre outros. Além de reconstruir as ruínas da mansão.A propriedade foi construída em 1629, ainda no período colonial (1500-1815), sendo o governador geral Martin Correia de Sá (1623-1632). Reza a lenda que Juan Lorenzo, pirata espanhol, teria construído a casa sede da fazenda. Em 1942 foi tombada como patrimônio histórico pelo IPHAN. Nas propriedade, na sua area externa estão os antigos "canhões de bola" que protegiam a propriedade do Pirata Juan Lorenzo.A lenda diz que o corpo do pirata foi sepultado na pequena ilhota do Morcego, em frente a praia, distante cerca de 500 metros. Uma pena a visitação não ser permitida, pois toda a área é propriedade particular.A lenda conta que o pirata Juan Lourenzo, tinha o hábito de roubar de seus comparsas, e após a pilhagem, enterrava tudo no terreno de sua casa. Um dia, o pirata espanhol foi surpreendido por seus ex-comparsas que o obrigaram a dizer onde ele havia escondido o ouro roubado. Assim que conseguiram obter a informação, o pirata foi morto. Quando chegaram ao local que Juan Lourenzo havia dito como esconderijo do ouro roubado, se deram conta de que foram enganados, pois não havia ali ouro algum. Juan Lourenzo costumava andar com um cajado, com um Morcego de Ouro na parte superior, e isto foi a única riqueza que seus ex-comparsas conseguiram obter, uma vez que já haviam assassinado o pirata. Acredita-se que este Morcego de Ouro da lenda, seja o motivo pelo qual a Praia e a Ilha em frente tenham o nome de Morcego (Praia do Morcego e Ilha do Morcego). A Praia e a Ilha do Morcego se encontram dentro da Enseada do Abraão, logo após a Praia do Abraãozinho. Para chegar a Praia do Morcego, deve se contratar o serviço de Taxi-Boat, uma vez que não há trilhas que ligam esta praia ao Abraão. A frente da praia, na Ilha do Morcego, é um bom local para a prática de snorkeling, contendo rica fauna marinha. O filme "Limite" conta a história de duas mulheres e um homem em um pequeno barco à deriva, relembrando seu passado recente. Uma das mulheres escapou da prisão; a outra estava desesperada; e o homem tinha perdido sua amante. Cansados, eles param de remar e se conformam com a morte, relembrando as situações de seu passado. Eles não têm mais força ou desejo de viver e atingiram o limite de suas existências.Único longa-metragem dirigido pelo também poeta e romancista Mário Peixoto, quando tinha 22 anos, "Limite" é comumente listado entre os filmes mais importantes da história do cinema brasileiro. Foi exibido pela primeira vez em 17 de maio de 1931, no cinema Capitólio, no Rio de Janeiro, em uma sessão pública no Chaplin Club, primeiro cineclube do País.Um dos filmes mais aclamados pela crítica e que merece ser visto por todos os brasileiros, afinal é um clássico do cinema nacional. Abaixo o link do filme na íntegra. Fonte: Fundação Mario Peixoto, IPHAN, PMM. Filme: "Limite".
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