A vegetação é exuberante, formada por mata atlântica, mangue e restinga. A Ilha Grande possuí mais de 100 praias muitas delas desabitadas, formando verdadeiros paraísos, quase que intocados. As atividades econômicas giram em torno da pesca e, principalmente, do turismo.
A ilha oferece, atualmente, muitos atrativos turísticos: passeios de barco, praias com águas calmas para mergulho em família, praias destinadas à prática de esportes como o surfe, trilhas ecológicas por dentro da mata ao centro da ilha, mountain-bike, algumas atrações históricas, stand up, kaik, e outros.
Há na Ilha 4 unidades de conservação ambiental: o Parque Estadual da Ilha Grande, O Parque Estadual Marinho do Aventureiro, a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul (cujo acesso é somente permitido a pesquisadores e pessoas autorizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Área de Proteção Ambiental (APA) de Tamoios, no mapa acima as 3 primeiras reservas e Tamoios que compreende toda a ilha.
Todas essas áreas visam a garantir a proteção da flora e fauna da grande reserva de mata atlântica existente na ilha e da vida marinha em seu entorno.
Inicialmente habitada pelos índios tamoios, que já a chamavam de Ippaun Wasu em tupi ("Ilha Grande"), foi avistada pelo navegador português Gonçalo Coelho em 6 de janeiro de 1502. Ao longo do século XVI, aconteceram diversos combates na região.
Por mais de 60 anos os moradores da Ilha Grande conviveram com a insegurança causada pelo funcionamento do famoso “Presídio da Ilha Grande” (Instituto Penal Cândido Mendes). As fugas eram constantes, e os relatos dos antigos moradores confirmam a barbárie causada pelos presos em fuga. Em 1994, o presídio foi demolido o que possibilitou o desenvolvimento do turismo.
A partir da década de 30 imigrantes japoneses fundaram diversas fabricas de sardinha na Ilha Grande, esse império começou a ruir com o declínio da pesca no anos 80 e várias fábricas de sardinha fecharam as portas.
Outro fato que ocorreu com velocidade foi a grilagem de terra por grandes empresários que construíram suas mansões na Ilha Grande, promovendo a expulsão dos caiçaras nativos da terra, as terras eram compradas por valores muito aquém do que realmente valia, porém como muitos dos nativos não tem uma boa instrução, grande parte não era alfabetizada, eram facilmente manipulados (imagem de uma mansão com pier próprio).
Esse cenário somente mudaria com a criação do Parque Estadual da Ilha Grande, para proteger esse santuário ecológico. O Parque Estadual da Ilha Grande, foi criado pelo: Decreto Estadual nº 15.273, de 26 de junho de 1971, Decreto Estadual n° 2.062/1978 diminuiu em 2/3 a área protegida. Em 1982, a Ilha Grande passou a integrar a Área de Proteção Ambiental de Tamoios. Em 1987 foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Resolução nº 29, de 14/10/87).
Em 1988, a Ilha Grande passou a ser reconhecida como Patrimônio Nacional, pela Constituição Federal, por sua vegetação de Mata Atlântica e por sua localização na zona costeira. Em 1989 foi declarada como Área de Relevante Interesse Ecológico pela Constituição Estadual. Em 1991 recebeu status internacional de proteção ao ser reconhecida pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
Em 2007, o Decreto Estadual nº 40.602, de 12 de fevereiro de 2007, ampliou, ratificou e consolidou como parque a área total aproximada de 12.052 hectares, acrescentando todas as demais terras localizadas acima da cota de altimetria de cem metros, excetuando-se aquelas pertencentes à Reserva Estadual Biológica da Praia do Sul. Em 2019, o título mais importante na esfera internacional, a Baía da Ilha Grande foi reconhecida como Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO.
Esperamos que este título, além de melhorar a visibilidade turística da Ilha Grande, venha acompanhado de maior cuidado e proteção com esse rico patrimônio. Nos últimos anos o turismo de massa vem causando diversos danos ao ecossistema local. É preciso um planejamento para que prevaleça o turismo sustentável, ou seja, que pode ser feito hoje e no futuro sem que se percam as qualidades, principalmente, culturais e do bioma. Fonte: INEPAC, INEA, IPHAN.
Esperamos que este título, além de melhorar a visibilidade turística da Ilha Grande, venha acompanhado de maior cuidado e proteção com esse rico patrimônio. Nos últimos anos o turismo de massa vem causando diversos danos ao ecossistema local. É preciso um planejamento para que prevaleça o turismo sustentável, ou seja, que pode ser feito hoje e no futuro sem que se percam as qualidades, principalmente, culturais e do bioma. Fonte: INEPAC, INEA, IPHAN.
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