De acordo com alguns historiadores, os primeiros carmelitas chegaram ao Brasil em 1580 e seu destino era fundar e povoar a Capitania da Paraíba, no Nordeste. Porém, ao chegarem ao Recife, sofreram naufrágio. Alguns colonos e frades permaneceram na região de Olinda, em 1583 fundaram o primeiro hospício, como eram chamadas as pequenas moradias religiosas. O segundo hospício foi fundado na Bahia, em 1586, o terceiro em Santos, em 1588, e o quarto no Rio de Janeiro em 1590.
No ano de 1593 foi iniciada a construção em Angra dos Reis da Casa Missionária dos Frades Carmelitas. No ano de 1598, o Frei Pedro Viana resolveu elevar o local a categoria de hospício ou residência. Após algumas ampliações e reformas daria origem ao atual Conjunto do Convento do Carmo.
Inicialmente as instalações eram muito modestas, os carmelitas resolveram ampliar mais uma vez a residência entre 1613 e 1617, seguido de uma nova ampliação a partir de 1621. Ficando a configuração parecida com a atual.
Em setembro de 1710, a torre foi destruída durante o bombardeio da cidade pelos navios do corsário francês Jean-François Duclerc. Passando novamente por reformas para reparo dos estragos causados pelo ataque.
O conjunto que existe hoje data basicamente do século XVIII. O atual edifício do convento começou a ser construído em 1722 e foi inaugurado parcialmente em 1726, enquanto que a atual igreja conventual data da segunda metade daquele século. Os altares internos da igreja, já removidos, foram realizados em 1751. A capela da Ordem Terceira do Carmo, separada da igreja conventual pela torre sineira, foi fundada em 1620.
No século XIX, apesar da crise da vida religiosa provocada em parte pelo fechamento dos noviciados em 1855 por parte do governo imperial, o convento jamais esteve abandonado. No final do século XIX, porém, nele vivia apenas o frade carmelita frei Inácio da Conceição Silva.
Dada sua importância histórica e cultural, o convento foi tombado pelo IPHAN em 1944, seguida da Igreja dos Terceiros do Carmo em 1950.
O Convento possuí portas almofadas, portais e janelas em pedra de cantaria, bem como diversas outras características marcantes que fazem do conjunto um patrimônio difícil de não ser notado, inclusive por sua localização, é como se fosse um cartão postal de boas vindas!
Fonte: IPHAN, Ednéa M. Pascoal, Cultuar, Alípio Mendes.
Nas fotos pode-se ver as mudanças no entorno do convento.
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