História de Angra dos Reis


Esta é uma breve introdução sobre a história da Ilha Grande e Angra dos Reis que começou a ser contada após sua descoberta em 1502. Nesta data o navegador português Gonçalo Coelho descobriu a baía da Ilha Grande, era um dia 06 de Janeiro (Dia de Reis). A princípio os navegantes pensavam que a ilha fosse um continente e ao seu leste, a desembocadura de um grande rio. O nome da Ilha, hoje patrimônio da humanidade reconhecida pela Unesco, surgiu através dos índios Tupinambás que a chamavam de "Ipaum Guaçu", expressão que significa Ilha Grande.

A região era o local preferido pelos navegantes portugueses, espanhóis, ingleses, franceses e holandeses, por ser abrigada e rica em água, alimentos e madeira. Nesse contexto, a Ilha Grande e a região foram palco da história do Brasil desde a época do seu descobrimento. Os primeiros habitantes foram os Tupinambás, que permaneceram pouco tempo após a descoberta da região. Os Tupinambás eram parte dos ameríndios que envolviam os Tupiniquins, Aimorés e Temiminós. Esses teriam habitado a região entre o litoral paulista e o sul fluminense, hoje desde Bertioga até a cidade de Cabo Frio.

Em 1559, Dom Vicente da Fonseca, foi nomeado para administrar a Ilha, função que deveria ser exercida com o fim da guerra com os Tamoios, em 1567. Após a violenta batalha, encerrou-se o ciclo dos Tamoios no local. Entretanto de acordo com o pesquisador Varnhagen, o Desembargador nunca tomou posse, vindo a falecer em 1587.

Em meados do século XVI, a região foi palco de uma longa e encarniçada guerra de resistência à colonização europeia, a Confederação dos Tamoios (1554 a 1567) foi a segunda grande luta de resistência social havida na história do mundo, antecedida pela insurreição asteca, em 1520, tendo sido, no entanto, de proporções e duração muito maiores. Contra os invasores portugueses, os Tamoios tiveram ajuda dos franceses ("mair", como os chamavam os Tupinambás), enquanto que os portugueses (chamados de "peró") foram ajudados pelos índios Guaianases, bateram-se ao longo do litoral brasileiro numa surpreendente extensão que se alongou do Espírito Santo até São Paulo, tendo sido a região de Angra dos Reis um dos principais redutos da resistência indígena, fato que retardou a sua colonização por mais de meio século.

Um dos principais registros sobre o início da colonização foi feito pelo marinheiro Inglês Antony Knivet, tripulante de uma armada corsária e datam de 1591. De acordo com Knivet, na Ilha Grande havia um núcleo de cinco ou seis casas habitadas por portugueses, além de índios que cultivavam mandioca, batata-doce, bananas e criavam porcos e galinhas. Ele relata que ao perceber a aproximação da esquadra, eles esconderam-se na mata. Entretanto, antes de sua partida com o objetivo de interceptar os navios que vinham da bacia do Rio da Prata, teriam saqueado e incendiado a aldeia. Fonte: IBGE, Piratas do Atlantico Sul, Carl Egbert, Varnhagen, Livro Sesmaria, Lisboa.

Matéria da Bandeirantes sobre a instalação das estátuas na Praia do Anil 

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