Monumento Ayrton Senna, Angra dos Reis

 
Ayrton conquistou o público brasileiro ao se tornar a imagem solidificada de determinação e esperança que a nação precisava diante de todo o cenário político-cultural das duas últimas décadas anteriores a sua ascensão. Apesar disso, essa nunca fora a sua real pretensão.  

Senna queria sim ser visto como campeão, mas nunca atrelado a arrogância de quem sabe demais. Dedicava um tempo além do normal para entender o seu carro. E, mesmo assim, com tanto conhecimento, com a vitória a seu favor, Senna manteve suas raízes e seu caráter irretocável. Dentro das pistas de corrida, acelerando as nossas manhãs de domingo, nascia o ídolo que marcaria gerações e gerações de brasileiros. 

Senna era um homem de valores muito claros, seguindo firmemente os ensinamentos de dona Neyde, sua mãe, na aplicação dos mesmos no esporte e na vida. Tudo começava com dedicação: horas e horas a fio cuidando dos seus carros, entendendo como a máquina funcionava e buscando uma maneira de se conectar plenamente com ela, de modo a se tornarem um só. Então, a determinação.

Foram muitos os obstáculos que o atleta encontrou em seu percurso sinuoso até o sucesso. Seu mérito estava exatamente em não aceitar qualquer resultado, o que nos leva a superação. Para Senna, tudo era possível. Apesar dos seus concorrentes representarem ameaças reais, sua maior competição era consigo mesmo, em uma maneira clara de comprovar que sempre pode se chegar mais longe. E, por fim, a perfeição. Não bastava ganhar, era necessário ganhar segundo seu plano, no seu melhor tempo, na sua melhor performance. Senna era essa pessoa determinada ao ponto de contagiar o seu redor, um foco que percorria a sua veia e acelerava a batida do seu coração a cada curva perigosa que fazia, inspirando assim muitos brasileiros de que nenhum sonho é absurdo o suficiente para não ser alcançado. 

 
Como alguém que realmente gostava e valorizava a vida, Senna curtia seus momentos longe das pistas com atividades que o desligassem completamente daquele mundo. Ou, pelo menos, tentava.

Um de seus passatempos prediletos era a pescaria, contrapondo completamente as caóticas pistas de corrida que adorava habitar. Desenvolveu também uma paixão pelo aeromodelismo. 

Focado, como sempre é caracterizado, Senna foi um dos percursores no preparo físico para a Fórmula 1, utilizando do ciclismo para isso. Com o tempo, acabou se apaixonando pela modalidade. Outro hobby muito próximo de sua grande paixão pelo automobilismo era brincar e regular o motor de jet ski. Ayrton Senna ficava horas e mais horas mexendo nos ajustes dos motores para ficarem do jeito que queria. Só então saía para as manobras radicais e saltos nas ondas do mar. 

Angra dos Reis, cidade foi um capítulo a parte na vida do ídolo, foi sua primeira casa no Brasil, e era o local preferido dele, que enfrentava uma verdadeira maratona por sua agenda cheia, para estar em Angra dos Reis, foi o maior garoto propaganda da cidade, ninguém atraiu tanta visibilidade para a cidade como ele.

Por influência de Senna vários artistas adquiriram residência em angra dos Reis, assim como o fluxo de turistas e jornalistas, principalmente quando ele estava na cidade aumentou de forma muito significativa.

Ele adorava o mar de Angra dos Reis, seja em suas lanchas ou jet ski, sempre estava no mar. Ou relaxando em sua casa no Porto Galo. 

Foi também o local onde aconteceram diversas histórias que bem demonstravam o bom humor e a descontração de Ayrton Senna, quando estava longe das pistas. 

Uma delas é contada por sua cozinheira Maria, que presenciou a maioria delas: “Certa vez, Ayrton Senna estava na casa de Angra dos Reis com seu amigo alemão Gerty, executivo da Mercedes Benz na Alemanha. O alemão gostava de fumar cachimbo, para desespero do brasileiro, que não suportava o cheiro. Gerty deixou o cachimbo sobre a mesa e saiu por alguns momentos. Tempo suficiente para que Ayrton Senna pegasse pimenta em pó e colocasse dentro do cachimbo. Ao retornar, Gerty fez todo o ritual dos fumantes de cachimbo sem perceber nada. Quando o acendeu e na primeira baforada sentiu o forte gosto da pimenta, viu que tinha algo errado, mas não se abalou e não fez nenhum comentário, apesar do rosto vermelho, provocado pelo calor da pimenta. Claro que Ayrton Senna ficou quieto e fingiu nada saber.”. 

Na inauguração da Avenida Ayrton Senna a manchete acima foi vinculada na emprensa local e comemorada pelo instituto que leva seu nome.
Fonte: Instituto Ayrton Senna, PMAR. Para saber mais acesse: Ayrton Senna

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