Capela de São Benedito, Palmas, Ilha Grande

 
Capela construída pelos escravos em 1800, por ordem do Tenente José Francisco de Azevedo, responsável pela fazenda que existia em Palmas.
Diz os antepassados da família que José era o primeiro filho homem e levou o nome de Francisco de Azevedo e até hoje em dia todos os primeiros filho homem de quem levou o nome Francisco de Azevedo também são batizados assim.
A capela é dedicada à São Benedito, o santo nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, Itália, no ano de 1526.
Seus pais foram escravos vindos da Etiópia para a Sicília. Era filho de Cristovão Manasceri e de Diana Larcan. O casal não queria ter filhos para não gerarem mais escravos.
O senhor deles, sabendo disso, prometeu que, se eles tivessem um filho, daria a ele a liberdade. Assim, eles tiveram Benedito. E, como prometido, ele foi libertado pelo seu senhor ainda menino. Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e sempre aproveitava para rezar o Rosário, ensinado por sua mãe. Quando tinha 20 anos foi insultado por causa de sua raça. Porém, com muita calma e paciência suportou tudo. Vendo isso, o líder dos eremitas franciscanos, Frei Jerônimo Lanza, convidou-o para fazer parte da congregação. São Benedito aceitou prontamente, vendeu tudo o que tinha e se tornou um eremita franciscano, ficando com eles por volta de 5 anos.
A igrejinha é tão pequena que quando há algum evento é preciso colocar bancos para os convidados ficarem na parte externa.
São Benedito foi canonizado em 24 de maio de 1807, pelo Papa Pio Vll. É representado com o menino Jesus nos braços por que fora visto várias vezes com um lindo bebê nos braços quando estava em profunda oração. Por orientação da CNBB, no Brasil a festa de São Bendito é comemorada no dia 5 de outubro. O santo tem importância histórica para a região, pois ao lado de N. S. da Conceição é padroeiro de Angra dos Reis.
A Enseada de Palmas, além de muitos coqueiros, tem um ambiente paradisíaco recheado de curiosidades históricas. Como dito no início, em Palmas existam fazendas que utilizavam mão de obra escrava no cultivo da cana de açúcar e do café e os sinais daquela época são perceptíveis, como ruínas de casas de fazenda.
Batalhas navais entre piratas e naus do império português também foram travadas por aqui. Palmas foi um dos locais mais habitados da Ilha Grande no século 19 e atualmente é um dos núcleos menos habitados com cerca 70 pessoas.
A Enseada de Palmas é propícia para pesca com a constante presença de currais de peixes, preparados pelos caiçaras da vila. Aqui o tempo não tem pressa, podemos observar os pescadores costurando suas redes em meio a natureza silenciosa.
A atividade turística tem-se intensificado no local, gerando renda para a população local que é muito envolvida com a preservação do local e regularmente fazem multirões de limpeza.
São poucas pousadas existentes e geralmente muito simples, mais o turista que vai até lá geralmente prefere o camping, sendo a opção de hospedagem mais frequentada.
Uma das marcas registradas de Palmas são os grafites e pintura que deixam a paisagem ainda mais bela, como pode ser visto nas fotos.
Um dos artistas que contribuiram com sua arte foi Gnok Bizu, autor do grafite acima e que é um dos mais elogiados pelos visitantes.
As praias que compõem a Enseada de Palmas são: Brava, Grande de Palmas, Mangues, Pouso, Itaóca, Itaoquinha, Aroeira e Recifes. Fonte: PMAR, Cruz Terra Santa, Diocese de Itaguaí, Iha Grande, Caiçaras, Márcio Henrique. 

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