Doutor Coutinho, Angra dos Reis

João José Coutinho, nasceu em 9 de dezembro de 1809, no Rio de Janeiro/RJ. Casou com Maria Henriqueta da Silva, com quem teve quatorze filhos.
Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1832. Depois de formado foi Juiz de Direito em Angra dos Reis.

Em 1849, elegeu-se Deputado Provincial à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e, no mesmo ano, foi nomeado Presidente da Província de Santa Catarina e governou-a de 24 de janeiro de 1850 a 23 de setembro de 1859. Foi substituído interinamente por Esperidião Elói de Barros Pimentel na administração da Província. No ano de 1860, assumiu como Administrador do Correio da Corte, no Rio de Janeiro. Faleceu em 16 de abril de 1870, no Rio de Janeiro/RJ.

Recebeu as seguintes condecorações:
Cavaleiro da Legião de Honra da França.
Hábito e Dignatário da Ordem da Rosa.
Comendador da Ordem de Cristo.

A rua Doutor Coutinho é bem curta e compreende uma area entre a Santa Casa e o Conevento do Carmo, limitando-se com as Avenidas Júlio Maria e Airton Senna no centro de Angra dos Reis.

A história da EVAL

EVAL é uma sigla que significa: Empresa de Viação Angrense Ltda, tendo sido a empresa estabelecida em 1966, operando diversos serviços de transporte desde a sua fundação e empregando muitos angrenses que guardam com carinho sua passagem pela empresa.

Esta foto de 1972 de Regulo Franquine ferrari mostra o 380 (linha Rio x Angra), sobre o viaduto Reverendo João Mush em Nova Iguaçu.

Esse recorte de "O Jornal" mostra os horários da linha Angra x Rio operada pela empresa em 30 de novembro de 1967.

Já nessa imagem o veículo 130 que na ocasião realizava o trajeto entre Angra x Niterói com as cores antigas da empresa.

A empresa, substituiu a Viação Sampaio na linha Angra x Rio, sendo o tempo de viagem da linha de aproximadamente 5 horas, incluindo passagem por Passa Três, Rio Claro e Lídice.

Esse recorte mostra as linhas operadas pela empresa no passado, incluindo saídas do antigo terminal existente na Praça Mauá no centro do Rio de Janeiro (ver foto abaixo).

Nesta foto o RJ134004 no extinto terminal da Praça Mauá, com a pintura marcante da época. Moradores mais antigos da cidade costumavam se referir a este veículos como amarelão, pela tonalidade do ônibus.

Essa outra imagem sem data mostra um veículo com alguns detalhes da pintura alterado em relação ao anterior, como por exemplo o nome da empresa na lateral.

Essa imagem de julho de 1982 mostra outra fase da empresa com veículos mais modernos em relação aos primeiros veículos.

Essa montagem feita pela empresa mostra algumas fases diferentes ao longo dos anos, pintura, veículos e tipo de transportes diferentes.

Essa pintura foi uma das mais bonitas da empresa e era bem comum na década de 90 antes do fim das operações nos transportes intermunicipais.

Nesta imagem um veículo urbano realizando fretamento para a empresa Andrade que prestava serviços para a Eletrobrás nas usinas nucleares de Angra dos Reis.

Este veículo também foi utilizado no fretamento para empresa Andrade, sendo mantidas as cores da fase anterior, com uma nova arte.

Uma fase mais atual da empresa vemos um veículo realizando um fretamento para a Eletronuclear (responsável pelas usinas nucleares de Angra dos Reis).

Aqui um temos uma propaganda da empresa, oferecendo o serviço de fretamento turístico. Atualmente a empresa tem se dedicado a atividade. Contatos: Ligue: Angra dos Reis: (24) 3362-3017 Rio de Janeiro : (21) 2560-6552. (21) 99643-0882 (21) 98586-8989 (21) 98565-8989 Ônibus & Micro-ônibus.
Fonte: Acervo pessoal, EVAL, Mateus Machado.

Assembleia de Deus da Júlio Maria, Angra dos Reis

Uma das primeiras igrejas evangélicas de Angra dos Reis, existiu onde por muito tempo foi a Pensão do Tio Ivan (ver fotos 2 e 3), em sua frente e lateral haviam pintados os dizeres: "Assembleia de Deus". A foto acima é de 1954.

Nesta segunda imagem o mesmo local, mas funcionando como restaurante, recém reformado, pintado em amarelo forte. (foto de 2019, IPHAR).

Uma curiosidade sobre o casarão é a porta de acesso está localizada na lateral ao invés de na frente como os demais casarões similares. A foto acima destaca a arte feita para destacar o nome do restaurante. Fonte: Acervo próprio, IPHAR.

Mudanças do Largo do Carmo, Angra dos Reis

Angra dos Reis é uma das cidades mais antigas do Brasil, tem construções centenárias, sofreu transformações positivas e negativas.

Uma transformação marcante foi a extinção da Praia da Amizade, que ficava em frente ao Convento do Carmo (ver a primeira foto).

Na foto acima é possível ver a faixa de areia em frente ao casarão do Antigo Correio e Telégrafo ao lado da atual Praça Júlio Maria.

As transformações foram intensas com sucessivos aterramentos, podendo ser visualizado na imagem acima a linha férrea junto ao Sobrado da imagem anterior.

Dando sequência a imagem anterior, esta imagem mostra parte do atual Condomínio do Carmo, Porto ainda com o Moinho, ausência do quebra mar e do Aterro do Carmo e seu entorno.

A imagem acima mostra a ausência de construções no entorno do Convento e nos morros bem ocupados atualmente.

Esse postal antigo do Largo do Carmo, mostra o local aterrado em sem pavimentação, sendo possível ainda, visualizar a vegetação dos morros bem preservada.

Uma das imagens mais antigas deste post mostra o Morro do Carmo ainda bem preservado, exceto pela presença do Sítio dos Coutinhos com suas famosas palmeiras imperiais, um pouco acima do convento.

Essa imagem mostra o aterramento do local em andamento, local onde atualmente é um estacionamento público, sendo o terreno de propriedade da companhia Docas.

Nesta foto colorida é possível visualizar as obras de aterramento do largo a todo vapor, resultando numa nova configuração do centro da cidade. 

Fazendo um salto no tempo, a imagem acima mostra o largo bem diferente, com ruas pavimentadas e uma jardineira que circulou durante alguns anos na cidade, inclusive tendo uso turístico.

Nesta nova imagem o destaque é o cais de Santa Luzia e a ocupação desordenada dos morros que mais parecem as favelas cariocas.

Uma imagem do atual Aterro do Carmo (estacionamento) vazio, coisa rara atualmente com o aumento expressivo no número de veículos circulando nas cidades. 

O cenário mais comum de ser visto atualmente é o da foto acima, a população vem criticando a presença de carros abandonados no local, sendo utilizados como moradia por moradores de rua.

O ponto positivo de toda essa mudança é a Estação Santa Luzia, sendo principal local de embarque para translado e passeios, pois os locais antigos utilizados são utilizados diariamente por pescadores e empresa de limpeza urbana e esses locais apresentam muito mal cheiro e não tem infraestrutura turística.

Essa imagem antiga da frente da cidade vista do mar, mostra como a cidade mudou ao longo dos anos e já apresenta uma configuração bem diferente atualmente.

Encerramos esta postagem com essa imagem aérea do Cais de Santa Luzia e do Largo do Carmo com as configurações atuais. Um exercício interessante é comparar as fotos antigas com as novas e ver quantos detalhes foram alterados no aspecto da cidade. Fonte: Acervo próprio, PMAR.

Estação Ferroviária de Angra dos Reis

A estação ferroviária de Angra dos Reis foi construída em frente a Praia do Anil ao lado do centro da cidade, onde suas operações tiveram início em 1956.

No interior do prédio há uma placa da inauguração do espaço, sendo a data referente ao atual prédio que substituiu o antigo.
Na época da inauguração, o município possuía apenas 6.970 habitantes, bem pouco comparado a população verificada em 2022 pelo IBGE (167.434).

O tráfego de passageiros no local foi intenso por longos anos, sendo extinto entre 1979 e 1980. Porém, anos mais tarde foi implantado os trens turísticos que funcionaram até 1996. (fotos de 1928).

Em muitas cidades históricas há as famosas "maria fumaça" em funcionamento, conduzindo milhares de turistas todos os anos. Em Angra seria um excelente atrativo, mas não há nenhuma iniciativa neste sentido. Enquanto cidades como Miguel Pereira, Campos do Jordão vem construindo cada vez mais atrativos, Angra vive quase que exclusivamente para o turismo de sol e mar.

Nesta foto acima de 1955, podemos observar a estação em obras, com o desenho do prédio bem diferente da configuração atual.

O prédio ao longo dos anos teve várias funções diferente, sendo além de estação, prédio administrativo, depósito de cimento, CIT (Centro de Informações Turísticas), sede do serviço público, sede da Turisangra, entre outros. (foto de 1992).

O seu uso como estação foi comprometido porque em dezembro de 2002, as fortes chuvas que atingiram a cidade danificaram boa parte das linhas. Seu uso ficou interrompido de 2002 a 2005, quando após reparos os trens voltaram a circular. (foto de 2001).

Durante alguns anos o cimento vindo da CSN chegava a cidade pela ferrovia e os caminhões faziam a distribuição. (foto de 2000).

Essa foto de 2017 mostra parte do prédio da estação servindo como centro municipal de informações turísticas, enquanto a outra parte era utilizada pela FCA (administradora da linha).

Em 2011, o transporte ferroviário no município foi encerrado e assim permanece. Apesar de a estação ser terminal, a linha não terminava lá. Os trens cruzavam o centro da cidade até o porto de Angra. Era uma festa para a criançada que comemoravam com bastante entusiasmo sua passagem e muitos arriscavam uma carona. Ficamos na torcida pela volta da ferrovia, embora seja bem pouco provável que isso aconteça. Fonte: FCA, RFSA, Eliezer Magliano, Acervo Próprio.

Estação do Jussaral, Angra dos Reis

A estação do Jussaral foi inaugurada em 1º de setembro de 1925, sendo a principal chegada no município até a inauguração da estação de Angra dos Reis na Praia do Anil, três anos depois. Como o local em que está localizada é bem remoto e distante das zonas populosas, ficou em desuso por alguns anos. (foto de 1986).

A RFFSA operou o famoso "Trem da Mata Atlântica" se você como eu teve o privilégio de fazer esse passeio, pode se deslumbrar com as vistas mais espetaculares da região, entretanto ele foi desativado em 1996. (foto de 1984).

A região em volta já foi rica em lavouras diversas, sendo a sua produção transportada no lombo dos burros, conforme mostra a imagem acima de 1984, ainda hoje a prática resiste com pequenos proprietários de terra que vivem próximo.

A construção foi lenta e difícil, contando com meios de transporte precários devido a falta de tecnologias e as dificuldades de acesso, podendo ser verificado na foto acima de 1924.

A reportagem acima do Jornal do Brasil, vinculada em 2 de setembro de 1925, destacava a ligação entre as cidades de Angra dos Reis e Barra Mansa com a inauguração da estação do alto da serra.

A linha tronco da RMV foi construída originalmente pela E. F. Oeste de Minas a partir da estação de Ribeirão Vermelho, onde a linha de bitola de 0,76 chegou em 1888. A partir daí, a EFOM iniciou seu projeto de ligar o sul de Goiás a Angra dos Reis, passando por Barra Mansa por bitola métrica. (foto de 1990).

Em 1928 a EFOM chegou a Angra dos Reis, na ponta sul, e no início dos anos 1940 a Goianira, em Goiás, na ponta norte, e já agora como Rede Mineira de Viação. (foto de 1995).

A linha chegou a ser eletrificada entre Barra Mansa e Ribeirão Vermelho, e transportou passageiros até o início dos anos 1990. (foto de 1995).

Nos anos 1970, o trecho final norte entre Monte Carmelo e Goianira foi fechado devido à construção de uma represa no rio Paranaíba, e a linha foi desviada para oeste encontrando Araguari. 

A linha, já não mais eletrificada, foi operada um tempo pela concessionária FCA, mas já há vários anos foi abandonada por ela. Esse abandono também recaiu sobre a estação que foi se deteriorando até o não sobrar mais nada. (foto de 2002).

Nas últimas fotos é possível ver como a estação deslumbrante virou um monte de escombro e mato. (foto sem data).

Nessas fotos de 2006 podemos observar a ausência de portas, janelas e telhados, porém com pouca vegetação no entorno.

Muitos rumores surgiram sobre projetos para retomar o trem turístico que seria um fantástico atrativo para a cidade, com potencial para manter o turistas na cidade por mais tempo. Entretanto, nada se concretizou. (foto de 2006).

Na foto mais recente de 2022, podemos ver apenas algumas paredes  bem deterioradas e tomadas pela vegetação. Quem passa hoje pelo local não faz ideia do que ele representou para a cidade e para a região. (foto de 2022). 
Fonte: Acervo Pessoal, Décio Marques, Eliezer Magliano, Guia das Estradas de Ferro, IPHAR e Jornal do Brasil.
Mais fotos e informações acesse: Jussaral.

Lançamento do Navio Henrique Lage,1961, Verolme.

O ex-Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, participou da cerimônia de lançamento do navio Henrique Lage, no estaleiro Verolme, atua...