"Honra é a força que nos impele a prestigiar nossa personalidade. É o sentimento avançado do nosso patrimônio moral, um misto de brio e de valor. Ela exige a posse da perfeita compreensão do que é justo, nobre e respeitável, para elevação da nossa dignidade; a bravura para desafrontar perigos de toda ordem, na defesa da verdade, do direito e da justiça.” Almirante Tamandaré.
As qualidades de Tamandaré, comprovadas por suas ações bem-sucedidas, são exemplos, não somente para os bons marinheiros, mas para os brasileiros de todos os tempos; relembrá-las é um exercício de patriotismo e inspiração.
Após a Independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822, foi preciso expulsar as tropas lusitanas fiéis às Cortes de Lisboa. Cedo se percebeu a necessidade de criar uma Esquadra brasileira, com homens leais, para projetar poder e obter a adesão da Bahia, do Maranhão, do Pará e da Cisplatina (atual Uruguai). A Guerra da Independência possibilitou a integração nacional, e nela essa Esquadra desempenhou um papel relevante.
A Guerra da Independência possibilitou a integração nacional, e nela essa Esquadra desempenhou um papel relevante. Em 1825, o Brasil entrou em guerra com as Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina, que pretendia anexar a Província Cisplatina, até então parte do território brasileiro, que se revoltara.
O conflito terminou em 1828 e teve como desfecho uma arbitragem externa, que deu a independência à Cisplatina, com o nome de Republica Oriental do Uruguai. A repressão às inúmeras revoltas, que poderiam ter afetado a integridade do território brasileiro, contou com a participação importante do Poder Naval, que foi um elemento fundamental para a manutenção da unidade territorial do Brasil, quando os laços da nacionalidade ainda eram frágeis, e também para a consecução da política imperial além das fronteiras.
Com o avançar do século XIX, a propulsão a vapor foi tomando tal impulso que acabou por impor-se aos mais conservadores chefes navais, temerosos de que a precariedade do abastecimento de carvão limitasse os movimentos de esquadras.
Homenagens em Angra dos Reis: Escola Municipal Almirante Tamandaré (Vila Nova), Praça Almirante Tamandaré (em frente a biblioteca municipal) e busto na mesma praça.
Cruzador Ligeiro Tamandaré - Construído nos Estados Unidos da América em 1938, participou da Segunda Guerra Mundial, incorporado à Marinha desse país com o nome de Saint Louis. Transferido para a Marinha do Brasil com base na Lei de Assistência Mútua (norte-americana), foi incorporado à Armada em 1951, e teve baixa do serviço ativo em 1976.
Navio Mercante Tamandaré - foi o décimo-terceiro navio mercante brasileiro a ser atacado pelos submarinos do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial. Seu afundamento ocorreu em 26 de julho de 1942, torpedeado pelo U-66, ao largo de Trinidad e Tobago, nos limites entre o Mar do Caribe e o Oceano Atlântico, causando a morte de quatro, dentre os 52 tripulantes a bordo. Fonte: Marinha do Brasil, PMAR, Bliblioteca Municipal de Angra dos Reis.
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