Casa de Cultura Larangeiras Angra dos Reis

 
O antigo sobrado foi sede do Clube de Regatas Vasco da Gama. Em 1913, o português João Rodrigues Larangeira, que possuía uma banca no mercado do peixe e uma loja no largo da Lapa, comprou o sobrado e transferiu sua loja para o local. Foto abaixo mostra o português com seu filho Júlio ainda menino.   
 
Existe certa confusão quanto a grafia correta do nome "Larangeiras", que se escreve com "G", pois se trata do sobrenome português, e nada tem a ver com Laranjeiras com "J" que é a grafia referente a planta. A grafia correta pode ser verificada na foto de capa da matéria e na foto abaixo.
 
A Casa Larangeiras Ltda, era um armazém que vendia de tudo como pode ser visto nas fotos. Com sua morte, seu filho Júlio ficou a frente do negócio, Júlio administrou também o Asilo da cidade por mais de 20 anos. Foi ainda, vereador por 12 anos e administrador do porto de Angra dos Reis. Na foto abaixo seu Jílio atendendo no balcão da loja.

O prédio era muito grande para atividade desenvolvida no local, o volume de recursos gerados era insuficiente para realizar a manutenção do espaço, assim o prédio foi aos poucos se deteriorando. Na foto abaixo Julio em um encontro político no Palace Hotel, com João Goulard Coimbra e Saturnino Braga.

Com a degradação do espaço ao longo do tempo e incapacidade dos proprietários em realizar a reforma do espaço, a prefeitura acabou por adquirir o espaço e transformou-o em Casa de Cultura Popular. Atualmente um importante espaço cultural do município de Angra dos Reis. No primeiro piso acontecem exposições diversas e apresentações ao longo do ano. Na foto abaixo exposição do artista angrense Paulo de Lira. 

No segundo piso acontecem palestras, aulas de música, aulas de teatro, e diversas outras atividades culturais. Vale a pena a visita!  

Antiga Casa Larangeiras, atualmente, como dissemos, abriga o primeiro Centro de Cultura Popular do município. O objetivo da casa é apresentar ao público a cultura popular produzida na região. A instituição conta com relevante número de visitantes, que diariamente visitam as dependências do espaço. Várias são as mostras, desde banners ilustrativos que contam a história das diversas exposições que passaram pela Casa Larangeiras, peças artesanais, adereços das festas tradicionais da cidade, como a Festa do Divino, quadros, desenhos, artesanato, etc. A diversidade de exposições impressiona, sinal da vasta produção cultural da região.

Além das exposições, o Centro de Cultura Popular também atende a segmentos sociais com palestras, seminários, oficinas, ensaios, conferências.  
 
Em 2012 foi aberta mais uma exposição na Casa Larangeira. Só que, desta vez, a mostra foi sobre a família que foi proprietária do prédio de 1832 quando era ainda uma residência familiar e um armazém. A exposição “Acervo da Família Larangeira”, promovida pela Cultuar com o apoio da família Larangeira, reuniu centenas de peças antigas e que contaram, cada uma, um pouco da história dessa família tradicional de Angra dos Reis. A exposição foi composta de documentos datados do começo do século XX, móveis, obras de arte, porcelanas, fotos da família numerosa, além de materiais comercializados no armazém e seus equipamentos. 

O acervo pessoal da família ficou em exposição, tanto os objetos de casa como os do extinto comércio, e puderam ser apreciados no espaço cultural. Uma homenagem a essa família tradicional da cidade e que manteve a pose do espaço, mesmo em situação difícil não o vendeu. A imagem acima é da exposição da família Larangeiras, a qual tive o prazer de visitar. belíssimo acervo, objetos de prata, quadros, retratos, realmente encantou a todos que foram prestigiar a exposição na época. 

Nossa última foto é na verdade um quadro do artista angrense, Almir Tavares que mostra o entorno do mercado antes do aterro e como o mar chegava até o antigo sobrado. Fonte: PMAR, Cultuar, Acervo pessoal, Ednea M. Pascoal.

Um comentário:

  1. Maravilhosas imagens!
    Bela historia de nossa Angra dos Reis!
    Lembranças eternizadas em nossa memória!

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