A antiga rodoviária ficava localizada no Largo da Lapa, em frente a Receita Federal. Muitos jovens sequer chegaram a conhecer, mas era ponto de encontro de amigos que ficava nas lanchonetes da rodoviária e do entorno.
Angrenses mais velhos lamentam a troca que seria para desafogar o centro com um projeto de integração que nunca aconteceu de fato.
Nas fotos recuperadas podemos visualizar como era a antiga rodoviária e seu entorno, bem diferente do atual.
Outro ponto divergente foi o fim do desembarque e embarque de passageiros com destino à Rio de Janeiro, São Paulo e Minas. É comum encontrar turistas desorientados procurando local de embarque no centro da cidade.
Políticos usaram a estratégia do abandono, deixam um local entrar em decadência para manipular a opinião pública sobre a necessidade de construção de outro espaço, quando na verdade uma reforma no local e ampliação com um terminal secundário onde hoje ficam estacionados os ônibus municipais talvez fossem a melhor solução para a população local e para visitantes.
Na imagem acima a região do Balneário, Parque das Palmeiras e o local onde seria construída a atual rodoviária de Angra dos Reis.
Na imagem acima temos uma dimensão da monstruosidade cometida contra a natureza, a bela Praia da Chácara que se estendia até a Praia do Anil. O local foi loteado por um clube privado, shopping, rodoviária, condomínios, estação de tratamento, em meio a tudo isso resta um pedaço de mangue no local.
A nova rodoviária além de ficar longe do centro da cidade, foi construída ao lado de uma estação de tratamento de esgoto, o que desperta críticas de turistas, moradores e visitantes que nela desembarcam. Um dos maiores erros de planejamento ja visto em minha opinião, visto que o mal cheiro é insuportável no local, além da construção ter sido realizada ao lado de um manguezal em recuperação.
O fato é que com o fim da rodoviária no centro, o comércio sofreu um duro golpe, queda nas vendas foi brusca, pois milhares de pessoas deixaram de passar pelo local todos os meses.
A empresa Viação Senhor do Bonfim, possuí uma concessão única do transporte coletivo municipal, o que também gera muitas críticas por parte da população que gostaria que houvesse mais de uma empresa. Afinal, a concorrência estimula melhoria dos serviços prestados. Durante algum tempo a empresa operou uma linha turística, com uso de uma jardineira vermelha (ver foto abaixo), desativada atualmente.
A Rodoviária de Angra dos Reis foi inaugurada em 1999 e recebe, em média, 30 mil passageiros ao mês. Localizada próxima à Praia da Chácara e à 2,5 km do centro da cidade, a única linha de ônibus que leva ao centro circula todo o bairro do entorno antes o que eleva muito o tempo do trajeto, estes passam pela rodoviária a cada 30 minutos. Até os dias de hoje, não se pensou em uma linha direta, entre rodoviária e centro. Como existe em qualquer cidade, seja ela turística ou não.
Também conhecido como Terminal Rodoviário Nilton Barbosa, sua área é de mais de 1.700 m² disponibiliza ponto de táxi credenciado e exclusivo do terminal, 7 plataformas de embarque e desembarque, estacionamento próprio com 81 vagas para carros, achados e perdidos, agência de turismo, praça de alimentação, banca de jornal, guarda-volumes, sanitários, telefones públicos e serviço de despacho de encomendas além de oferecer atendimento telefônico 24h para informações turísticas e sobre o terminal. Gostaria de ressaltar que a infraestrutura da nova rodoviária é muito boa, exceto por reparos que deveriam ser deitos por conta de quase 20 anos de uso. A maior crítica é quanto a localização, distante do centro e ao lado de uma estação de tratamento de esgoto, péssimo para moradores e turistas.
A rodoviária conta com o apoio de 4 empresas de ônibus, são elas: Costa Verde, Colitur, Reunidas e Útil. Essas viações oferecem rotas com destinos como Nova Iguaçu, Campo Grande, Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Ubatuba, Barbacena, Niterói e Belo Horizonte. Há ainda correspondentes de outras empresas. Fonte: Terminal Rodoviário Nilton Barbosa, PMAR, Acervo Pessoal, Bernardo Brito, Marcelo de Barros.
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