Igreja de São Sebastião, Abraão Ilha Grande

A Igreja de São Sebastião tem mais de 160 anos de existência. Foi construída antes da visita de D. Pedro II a então Fazenda do Holandês (hoje, Vila do Abraão). O Imperador chegou dia 5 de dezembro de 1863 na Praia das Palmas, para liberar o comando de sua embarcação ao prático que lá vivia, e este, conduziu-a até ao Abraão onde pernoitaram, por causa do mar revolto.  
O Imperador passou a noite na Fazenda do Holandês e no dia seguinte, antes de prosseguir viagem, dá uma contribuição para a construção da porta principal da igreja, que até então, só possuía a porta lateral.
A Igreja de São Sebastião, além de ser um local de fé e cultura, é um dos principais atrativos turísticos da Vila do Abraão, que fica localizada bem na praça principal do Abraão. Nas imagens é possível acompanhar as mudanças na construção religiosa.
Na imagem acima a configuração do entorno da igreja bem diferente da atual, ainda podemos destacar na imagem as canoas caiçaras na Praia do Abraão, principal meio de transporte da época.
Nessa imagem rara a antiga capela, muito parecida com outras existentes em outros locais da Ilha Grande.
Na imagem acima um quadro que teria sido pintado baseado em fotos antigas da igreja, não foi possível identificar o autor.
A Igreja de São Sebastião tem o mesmo nome do santo padroeiro do Rio de Janeiro e todo dia 20 de janeiro, os moradores da ilha, festejam este dia especial com muita alegria.
Comemora-se, além da festa de São Sebastião (padroeiro da Vila do Abraão), a Páscoa (Semana Santa), festa de São Pedro e o Natal.
Ao longo do Tempo sofreu algumas reformas e pinturas diferentes, que pode ser visto nas fotos.
Em 1884, a Coroa adquiriu a Fazenda do Holandês e logo em seguida a Fazenda de Dois Rios.
A propriedade da fazenda do Holandês estava compreendida entre a Praia Preta e o atual Píer de Atracação do Abraão. Esta área ainda hoje é de propriedade do Governo Federal.
São Sebastião era um soldado romano que foi martirizado por professar e não renegar a fé em Cristo Jesus. Sua história é conhecida somente pelas atas romanas de sua condenação e martírio.
Nessas atas de martírio de cristãos, os escribas escreviam dando poucos detalhes sobre o martirizado e muitos detalhes sobre as torturas e sofrimentos causados a eles antes de morrerem.
Nessas atas de martírio de cristãos, os escribas escreviam dando poucos detalhes sobre o martirizado e muitos detalhes sobre as torturas e sofrimentos causados a eles antes de morrerem.
Essas atas eram expostas ao público nas cidades com o fim de desestimular a adesão ao cristianismo.
São Sebastião nasceu na cidade de Narbona, na França, em 256 d.C. Seu nome de origem grega, Sebastós, significa divino, venerável.
Ainda pequeno, sua família mudou-se para Milão, na Itália, onde ele cresceu e estudou. Sebastião optou por seguir a carreira militar de seu pai.
No exército romano, chegou a ser Capitão da 1ª da guarda pretoriana. Esse cargo só era ocupado por pessoas ilustres, dignas e corretas.
 Sebastião era muito dedicado à carreira, tendo o reconhecimento dos amigos e até mesmo do imperador romano, Maximiano.
Na época, o império romano era governado por Diocleciano, no oriente, e por Maximiano, no ocidente. Maximiano não sabia que Sebastião era cristão. 
Não sabia também que Sebastião, sem deixar de cumprir seus deveres militares, não participava dos martírios nem das manifestações de idolatria dos romanos. Por isso, São Sebastião é conhecido por ter servido a dois exércitos: o de Roma e o de Cristo.
Sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos, levava uma ajuda aos que estavam doentes e aos que precisavam.
Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa.
São Sebastião é celebrado no dia 20 de janeiro. Existe também uma capela em Palatino, com uma pintura que mostra Irene tratando das feridas de Sebastião.
Irene também foi canonizada e sua festa é no dia 30 de março. Conta a lenda que ele apareceu um dia aos pescadores em dificuldades com a fúria do mar na "Ponta Grossa" e milagrosamente sinalizou com esperança de salvação, iluminando seus rumos com uma aparição na encosta encapelada do local.
A comunidade da Ilha Grande celebra seu padroeiro São Sebastião, um dos santos mais populares da Igreja Católica, que encanta os devotos por seu exemplo de fé e coragem. O levantamento do mastro, antecede a festa, na Igreja Matriz de São Sebastião, na Vila do Abraão.
A programação religiosa é extensa, os fieis participam de um tríduo comemorativo, com missa dos enfermos, na Igreja de São Sebastião, no Abraão. Acontece também uma procissão festiva, seguida de missa campal solene, celebrada por bispo da Diocese de Itaguaí.
Já a parte social conta com a apresentação do grupos musicais. A festa, que conta com o apoio da Prefeitura de Angra, por meio da Turisangra, conta com barracas com artigos religiosos, salgados, doces refrigerantes e muitas outras guloseimas.  
Colaboram com a realização da programação comércios, pousadas, restaurantes, pescadores, transportes náuticos e serviços do Abraão.
Fonte: Cruz Terra Santa, Diocese de Itaguaí, PMAR, Ilha grande, Arquivo Nacional. 

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