Capela e Praia do Matariz, Ilha Grande

A capela de Santana ou Sant'ana na Praia de Matariz foi construída em 1913 pela família de Henrique Mariano da silva.
Segundo o santuário Mariano no século XVIII os carmelitas possuíam uma capela na Praia de Japariz, na Ilha Grande.
A pequena construção quase passa despercebida devido sua localização na lateral esquerda da praia e ao seu porte.
O local é o ponto de encontro da fé católica na localidade, considerada uma relíquia pelos devotos locais, encontra-se em bom estado de conservação.
Apesar da simplicidade da sua fachada seu interior é belíssimo! Impossível passar pelo local seu tirar uma fotografia e levar como recordação.
No passado a frente da capela ficavam as canos de madeira feita pelo próprios moradores, sendo substituídas pelos botes de fibra.
A capela não tem torre sineira em alvernaria, ao invés disso ao seu lado esquerdo existe uma torre de madeira que sustenta o sino.
Acontece no mês de junho a festa da padroeira, ou seja dedicada a Santa Ana. A festividade é o principal evento do calendário religioso local.
Neste período, como nas festas similares de outras praias da ilha, a pequena capela é decorada, colocam-se barracas para comercialização de quitutes, além das brincadeiras, música e a cerimônia religiosa.
A cerimônia religiosa começa com a tradicional procissão onde os fiés carregam a santa por toda a vila, em seguida são realizados missa e batizados de crianças.
Após o encerramento religiosos, tem o forró até o raiar do dia. Uma curiosidade, a Capela tem o mesmo nome da primeira Igreja Matriz da Ilha Grande (Igreja de Freguesia de Sant'ana).
A Vila de Matariz é uma das mais importantes da costa noroeste da Ilha Grande. Localizada a pouco mais de 1 quilometro ao sul da praia do Bananal.
Tem cerca de 300 metros de comprimento, dois riachos (um em cada extremidade) e áreas de manguezal.
Na extremidade sul a praia termina em grande rochedo que é um dos destaques naturais da Praia de Matariz.
Suas águas tranquilas e claras completam um cenário maravilhoso, composição única de mar, montanha e o imponente pico do Matariz.
Entre a praia e a montanha há uma extensa área onde os moradores cultivam a terra e tem suas moradias. 
Uma curiosa construção fica ao lado direito da praia, trata-se de uma casa flutuante que recebe visitantes que tem o previlégio de se hospedar sobre o mar.
No Matariz, existe uma pequena comunidade de pescadores, cerca de 270 moradores, que vivem da pesca, do cultivo de subsistência, do turismo e serviço público municipal.
No século passado a população era bem maior porque ali funcionou uma das maiores fábricas de pescados da Ilha Grande (Kamome) que foi a última a encerrar as atividades em toda a Ilha.
O IPEMAR (Instituto de Pesquisas Marinhas, Arquitetura e Recursos Renováveis) tem a ideia é transformá-la num ambiente multifuncional, que una, em um único espaço, um centro de memória da Ilha Grande, um núcleo de pesquisas aplicadas a maricultura e a tecnologias ambientais, ações de educação e cultura, além de usos comunitários. O projeto é um dos sonhos da carismática Amanda Hadama e de toda a comunidade. Ela, que é sobrinha do Preto (Proprietário da Pousada do Preto, Bananal), reside com a família na praia do Matariz e tem o maior prazer em difundir a cultura japonesa e seus costumes peculiares.
No Matariz está a escola municipal Brasil dos Reis com ensino fundamental até a 4ª série e o posto de saúde municipal que atendem toda a população da enseada do Bananal. Possuí pouca infraestrutura de comércio, apenas uma mercearia e um bar. (imagem do antigo armazém da família carvalho).
Matariz é passagem obrigatória para os caminhantes da trilha T5 entre Bananal e Sítio Forte. Na vila você pode hospedar-se em uma das mais belas pousadas da Iha Grande. Outra atração da praia é o helicóptero (modelo esquilo) da laje do Matariz.
No dia 4 de janeiro de 1998 o helicóptero esquilo da companhia Maricá Taxi Aéreos decolou da praia da Mombaça em Angra dos Reis com destino ao Rio de Janeiro levando a bordo dois tripulantes e três passageiros, entre eles o proprietário do Hotel Glória, Eduardo Tapajós. Voando com mau tempo, a aeronave apresentou um problema no rotor de cauda, caindo violentamente entre as pontas Gambelo e Grossa. A aeronave afundou rapidamente; os tripulantes e dois passageiros conseguiram chegar à superfície, porém o empresário Eduardo Tapajós de 68 anos, não conseguiu salvar-se e seu corpo não foi localizado. As buscas dos bombeiros não conseguirem localizar o helicóptero, que foi encontrado a mais de 20 metros por um pescador da região. Após o acidente o helicóptero foi içado para análises técnicas. Porém para evitar a rápida deterioração foi recolocado debaixo d'água, próxima a laje da Matariz. Ao longo dos anos, muitos mergulhadores tem visitado o loacal. Fonte: PMAR, Diocese de Itaguaí, INEA, IPEMAR, Alonso Oliveira. 

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