A Enseada do Bananal abriga as praias do Bananal, Bananal Pequeno, Jaconema e Matariz. A Praia do Bananal, de águas calmas e areia monazítica (areia com propriedades medicinais), oferece aos turistas um convite ao descanso e ao lazer.
Uma antiga plantação de bananas da fazenda de Freguesia de Santana, localizada bem perto dali e que se estendia pela região deu origem ao nome da praia, atualmente ainda é possível ver exemplares da fruta espalhados por toda a Mata Atlântica em volta.
No Bananal há um misto de influências caiçaras e orientais, onde vivem cerca de 200 japoneses e descendentes das primeiras famílias que por lá chegaram a partir da década de 30 vindas das plantações de algodão e café no interior de São Paulo e Santos.
As famílias como a de Fumiko Hadama, uma das mais antigas moradoras da colônia, vinham para explorar a sardinha e então produzir um peixe defumado muito apreciado pela colônia japonesa.
Uma das atrações mais famosas da enseada é o Mirante do Bananal, de onde se tem uma visão panorâmica de quase todas as praias deste lado da Ilha Grande. Você poderá caminhar até este local contratando um guia.
A enseada é cercada de trilhas e caminhos que possibilitam grandes aventuras e surpresas, Bananal conta com as trilhas T4 (Freguesia de Santana x Bananal) e T5 (Bananal x Sítio Forte) como percursos. São fáceis e de nível leve.
A pequena Capela do Divino Espírito Santo, que está localizada no centro da Praia do Bananal e possui a calçada cravejada de vidros coloridos com temas ecológicos enfeitando a entrada principal, é considerada um atrativo turísticos.
Assim como acontece em outros locais da Ilha, durante as festividades existe uma intensa movimentação no local, fiéis e visitantes aproveitam todas as maravilhas da Enseada do Bananal, em eventos religiosos e pagãos.
Depois de alguns anos de prosperidade, Fumiko lembra que a partir da década de 80 a atividade da salga da sardinha entrou em decadência e então as antigas fábricas começaram a se adpatar para receber visitantes, sendo transformadas posteriormente em pousadas.
Outra família que se destacas são os Nakamashi, que mantinham na praia do Bananal uma indústria de sardinhas.
Com a desativação em 1987 da fábrica, a família teve que imaginar a solução para aproveitamento do amplo imóvel. Kiyoshi Nakamashi e sua esposa Noriko tiveram a ideia de transformar a antiga fábrica em pousada.
Kiyoshi, conhecido na ilha como “Preto”, aproveitou o apelido e deu à pousada o nome de Pousada do Preto, que acomoda 114 hóspedes em um ambiente simples e acolhedor, onde traços da cultura japonesa podem ser apreciados no belo jardim interno e nos painéis com fotos que contam a história da família.
No belo cenário da praia do Bananal realizava-se anualmente o Festival da Cultura Japonesa na Ilha Grande.
O evento era uma verdadeira demonstração da arte oriental com música japonesa, comidas típicas e diversas atividades para o público como: oficinas de mangá, oshiê, ikebana e origami, exposição de fotos, artesanato local e mostra de cinema.
O atrativo mais procurado sem dúvida era o shiatsu com vista para o mar. A programação oferecia ainda apresentações de danças orientais e artes marciais (karatê e kobudô), taiko, undokai e shamisen, além de passeios de barco.
O evento lotava as oito pousadas da Enseada do Bananal que juntas somam trezentos leitos e atraía centenas de visitantes durante o fim de semana.
O festival com duração de três dias, fez muito sucesso até 2010 porém foi suspenso por falta de verba e aguarda em breve patrocínio para sua continuidade.
A falta de apoio do poder público para a realização do evento tem sido o principal entrave que impede a a continuidade. As organizadoras não possuem verba suficiente para manter a estrutura necessária ao evento.
Hoje a economia local é baseada no turismo. Além das pousadas, campings e cama e café, existe ainda no Bananal, um restaurante, uma escola de mergulho e uma mercearia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário