O Silo Cultural José Kléber de Paraty foi inaugurado em 2001, sendo considerado um templo da cultura Caiçara. Este espaço cultural cujo nome é uma homenagem ao ator, poeta e compositor de Paraty, vem realizando atividades relevantes para a valorização da cultura local.
Sua história tem início na remontagem de um antigo silo, todo em madeira, perfeito para receber as atividades coordenadas pelo artista e produtor cultural Luís Perequê e a bailarina e coreógrafa Vanda Mota. A primeira atividade exercida no espaço e que até hoje se mantém constante, é a dança. A Escola de Dança do Silo, dirigida por Vanda, oferece formação para todas as idades nas áreas clássica e contemporânea, entre outras.
Em 2002 foi construída uma autêntica casa de farinha e a Vila Caiçara, incluindo uma habitação típica, para mostrar o cotidiano e os costumes dos caiçaras. Batizada de Tarde Caiçara, havia uma visita guiada que enaltecia o saber e o fazer dos caiçaras, e experiências práticas como o ciclo da mandioca, que ia desde a produção da farinha até a degustação de beijus.
Em 2005, foi criada a Rede Caiçara de Cultura, propondo a integração cultural de outras comunidades além das fronteiras de Paraty, para pensar e transformar suas realidades socioambientais. Ainda em 2005, o Silo recebeu apoio para adquirir equipamentos operacionais que viabilizaram a manutenção de autonomia para novas atividades.
Desde então são muitas as realizações, como oficinas gratuitas, exposições e palestras, exibição de filmes, produção de CDs e a participação em eventos marcantes da cidade. Também se tornou parceiro da Off Flip, contribuindo com apresentações e encontros que expressam a autêntica cultura caiçara.
O Silo foi responsável pela criação do Movimento Cultural de Paraty em 2007, sediando encontros para debater rumos da cultura.
Posteriormente, a criação do Defeso Cultural, idealizado por Luís Perequê, desencadeou várias ações relevantes, como a Caravana Paraty a qual levou para se apresentarem 158 artistas no CCBB do Rio em 2013, atingindo um público de 5.000 pessoas. Em 2011, o Silo inaugurou um novo espaço em um casarão no Centro Histórico de Paraty, onde instalou sua sede administrativa e salas para exposições, palestras e eventos.
O imóvel é compartilhado com o Espaço Cultural Eletrobras Eletronuclear, o qual apresenta uma exposição permanente sobre equipamentos das usinas nucleares, e outras, itinerantes. O casarão é também ocupado pela Associação dos Amigos de Margaret Mee, a qual mantém uma sala com objetos pessoais da famosa botânica, fotos, livros e uma belíssima coleção de seus desenhos.
No antigo galpão continuam em atividade as aulas de dança e o estúdio de Luís Perequê. Na sede do Centro Histórico acontece sempre uma importante atividade, e há uma lojinha que vende lembranças com a temática cultural caiçara: miniaturas de instrumentos musicais, camisetas, fotografias de Paraty, livros, CDs e DVDs de artistas locais, e objetos com desenhos de Margaret Mee.
O Silo Cultural é certamente um lugar a ser visitado, tanto por seu ambiente histórico-cultural quanto pela rica programação. Funcionamento: de 9h às 12h e de 14h às 18h de 2ª a 6ª (dependendo do evento pode funcionar em outros dias e horários).
INFORMAÇÕES
Rua Doutor Samuel Costa, 12 – Centro Histórico – Paraty (Sede Adm. do ISL)
Rua D, 30 – Vila D. Pedro I – Paraty (Galpão-Sede do ISL)
(24) 3371-6510
E-mail: silocultural@gmail.com